
fevereiro 1987
Fotógrafo: J.R. Duran
Assistente de Fotografia: André Schiliró
Coordenação de Produção: Dulce Pickersgill
Produção: Kiki Romero e Lena Cardoso
Cabelo: Carlão
Maquiagem: Danton
Não acho ruim que as pessoas fiquem erotizadas com
determinadas fotos e não me incomodo com o uso que elas quairam fazer daquilo.
Fiquem à vontade, está liberado. Não sou como essas feministas furiosas que
acham pejorativo esse tipo de exposição à qual eu também me submeti. Não acho
mesmo, se achasse não teria feito. Fiz porque pude fazer do meu jeito. Achava
muito mais revolucionário, e uma sacação muito mais legal, fazer na Playboy do
que fazer na revista Photo. Fazer Playboy sem elemento de fetiche, isso sim era
transgressor. Fazer Photo é óbvio. As feministas não tem problema em fazer na
Photo, mas tem problema em fazer na Playboy. Por que o cara vai tocar uma
punheta? E qual o problema de tocar uma punheta? Existe algum mal? Eu sou
podre? É um prazer? Por que não pode ter prazer? Ele não está usando a minha
pessoa, a minha personalidade, ele está olhand uma foto. Quando fiz Playboy,
tinha algo de mexer com a hipocrisia, Esse era meu grande barato, mesmo que a
maior parte das pessoas não entendessem isso.
Fiz isso porque não queria nada que considerasse feio naquela edição. E eles toparam. Se não fosse assim, não faria por dinheiro nenhum.
Um dia antes do ensaio começar a ser feito, achei que estava gorda. Aí fiquei três ou quatro dias sem comer nada, e desmaiei no quarto dia. Tive que ser acudida no quarto do hotel. Fiquei só tomando água, ou um suco de vez em quando. Lógico que não mudou muita coisa, porque só me dei conta no dia, e aí parei de comer.
Maitê Proença
É muito bonito, é muito silencioso, é muito discreto... e eu
amei. Temos aqui elementos típicos dos anos 80, e cada um desses elementos se
tornam muito sensuais quando se encontram com o corpo e a beleza unica de
Maitê, criando um ensaio chique, atemporal. Melhor caderno especial da Playboy.
Marcus Rodrigues
o belíssimo ensaio gerou muita discussão na época, desde a
presença de um bloco de granito que serve de moldura para a nudez da Maitê, até
um Rolls Royce preto envolvido em um clima de mistério onde a estrela se
desnuda sem pudores em meio a um clima de mistério com coadjuvantes. Maitê está
magnificamente nua seja com um chapéu ou desnudando um vestido. É um ensaio antológico, inovador.
Moa









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