
maio 1999
Fotógrafo: J.R. Duran
Edição: Ariani Carneiro
Produção: Florise Oliveira e Regina Hofmann
Cabelo e maquiagem: Kaká Moraes
Foi uma experiencia diferente e muito legal. No começo fiquei
apreensiva e tímida, mas depois fui relaxando. Achei superexcitante e natural
ficar nua. Eu me senti tão solta que não queria mais parar. Vestida até me
sentia mal. Durante as fotos fiquei imaginando como o público vai curtir e isso
é muito gostoso.
Numa sequencia de fotos, eu estava completamente nua em cima
de uma áevote, só de botas. Aí passou um grupo fazendo safári e tentei me
esconder. Obviamente não consegui (risos). Eu fazia parte da selva. Depois,
passei a agir naturalmente.
Cléo Brandão, 20P abril 1999
Quando vi pela primeira vez o ensaio da Cléo Brandão na
Playboy , percebi que ele não era como os outros. E ao rever agora essas fotos,
essa certeza só se reforça. Tudo ali tem um equilíbrio raro entre provocação e
espontaneidade — e isso é muito difícil de capturar.
Na primeira imagem, aquele close incrível, é impossível
ignorar a expressão dela. O foco está nos olhos claros, quase hipnóticos, mas o
gesto de encostar a língua na boca da garrafa de vidro é o que dá o tom. Não é
vulgar, é sutil, mas tem uma tensão implícita ali que só quem tem muita
presença consegue transmitir. Cléo faz isso com naturalidade — ela não está
tentando seduzir, ela apenas é. A câmera só teve o mérito de não atrapalhar. E
esse mérito, claro, é de J.R. Duran, que mais uma vez soube exatamente quando
disparar o clique — ele tem um talento raro de enxergar além do óbvio.
Já na segunda foto, ela aparece em um momento cotidiano: escovando os dentes,
como se a gente tivesse invadido sua manhã no meio do mato africano. Totalmente
à vontade, sem artifício, segurando o copo com uma leveza quase distraída. E
mesmo nua, com apenas uma calcinha de amarração baixa, o que impressiona não é
a nudez, mas a maneira como ela está ali, inteira, confiante, rindo com o
olhar, sem parecer posar.
O cenário também fala muito. É visível que estão em uma
estrutura rústica, aberta, que remete ao estilo dos lodges de safári no Quênia.
A luz é quente, provavelmente da manhã, e bate suave sobre a pele dela. Duran
aproveita essa luz natural como poucos. Não há fundo montado, nem necessidade
de composição forçada — tudo é orgânico. É essa combinação entre simplicidade e
atitude que faz esse ensaio ser tão icônico.
Como fã, não me impressiona só o corpo, que claro, é lindo. O
que me prende é a atitude, a forma como ela parece pertencer a cada foto sem
precisar se justificar
Poucas modelos conseguiram isso numa Playboy. Cléo Brandão
fez parecer fácil — e J.R. Duran teve a sensibilidade e o olho preciso para
eternizar esse momento com elegância e verdade
Jorge Riccelli
Se esse mundo fosse perfeito, ao buscar exemplos da palavra
Sexy, teríamos uma foto da "Cléo que veio antes". Uma beleza natural
apaixonante.
Marcus Rodrigues
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