Fiz a segunda Playboy porque voltaram a insistir, insistir,
insistir, e como eu nunca tive preconceito em relação ao negócio, falei: “Ah,
vou fazer de novo.” Eu tinha visto uma foto de uma mulher no meio de um mercado
público, acho que no Sri Lanka, e ela estava trocando o sari no meio da
multidão, ninguém viu que ela estava com o peito de fora, só o fotógrafo, nem
ela viu que o fotógrafo viu. Falei: “É isso que eu quero fazer”. O Sri Lanka
estava em guerra, aí tivemos a ideia da Sicília, porque também é uma gente mais
negra, mais moura, e eu branca. E aí pensei: “Estarei nua num país católico,
todo mundo vestido de preto e eu vestida de nada”. Achei que esses contrastes
seriam interessantes. O Bob (Wolfenson) armava o circo dele e falava: “Maitê,
tira a roupa!” E quando eu tirava a roupa, neguinho ficava meio chocado. A
gente foi botado pra fora de algumas vilazinhas. O prefeito mandava a gente
embora, ou a mulher do prefeito. Fiquei com medo de ser agredida fisicamente.
Mas a gente saía correndo. Andamos a Sicília inteira por causa disso.
Várias pessoas fizeram depois desse ensaio, porque sentiram
que era uma proposta que não estava relacionada ao que elas não gostavam na
revista. Muitas pessoas fizeram a capa da Playboy depois, vocês devem a mim.
Maitê Proença, agosto 2015, entrevista para a Playboy
Maitê na Sicília em 1996. É impressionante como as pessoas
lembram deste trabalho. De fato, foi um turning point na minha vida e na vida
da revista. Hoje foi mencionado em um almoço, no qual estive com novos amigos,
como algo extraordinário.
Bob Wolfenson
Nosso antológico ensaio da Playboy que, sem falsa modéstia,
revolucionou a forma como esta revista era feita. Mas só com a estatura de uma
grande estrela como Maitê é que este poderia ter acontecido. Sua coragem,
suas ideias e seu humor foram as molas propulsoras desta empreitada. Tudo feito
como na história do filme: O Incrível Exército de Brancaleone, de Mario
Monicelli. Digo isso, pois, assim como no filme, íamos arregimentando as figurações
ali e acolá meio que aleatoriamente. Exatamente, este sabor de improviso e
este fotojornalismo aplicado à ficção apareceram nas imagens tornando-as,
até hoje, lembradas e muito apreciadas.
Bob Wolfenson
Maitê linda na Sicília, com a foto de abre e ensaio mais
espetacular da história da revista!
Leo Carelli
Aquele ensaio onde todas as fotos poderiam ser emolduradas e
expostas em qualquer museu do mundo. É pura arte.
Thiago Casagrande
o verdadeiro nu artístico - pura arte.
Victor Bergami
Após a atriz Maitê Proença brilhar em seu primeiro ensaio na
Revista Playboy em 1987 e ser para mim um dos 20 melhores ensaios de todos os
tempos, ela volta no ano de 1996 e faz um ensaio ainda melhor, onde ela estava
ainda mais linda, poderosa, sensual, experiente e com a capacidade de fazer um
dos cinco melhores ensaio de todos os tempos. Chegando perto de completar 40
anos de idade, a estrela Maitê Proença ainda causava muito encanto aos homens e
essa coisa de idade não tinha nada a ver com ela, pois a cada ano que se
passava ela estava melhor. Maitê vinha numa sólida carreira como atriz e todo
ano alguma novela ou até algum programa lá estava ela na tela mostrando o que
tem de melhor em questão de talento e beleza.
Anderson Silva
O ensaio mais redondo e perfeito na narrativa, cada foto da
pra ser retirada da revista e emoldurada como uma obra de arte. A foto da
escadaria, das senhoras rindo, do Carneiro no colo… IMPECÁVEL!
Paulo Sousa
este ensaio redefiniu tudo o que era feito antes dele, obra
de arte
Adones Ariel
Fotografada na Sicília, Itália. Após o fenômeno Adriane
Galisteu no ano anterior, a revista havia dado um upgrade na qualidade dos
ensaios. Houve mais investimento para lindas locações e ensaios com mais
páginas. Para a edição de aniversário de 96, tentaram Vera Fischer, que não
prosseguiu com as negociações. Então,
meio que nos últimos momentos para decidirem quem seria a estrela de aniversário,
veio a Estrela Maitê. Pela segunda vez, conseguiu deixar seu nome na história
da revista com um ensaio poético, ousado, onde interagia com pessoas do local.
Um ensaio que furou a bolha dos leitores e é lembrado por muitos como sinônimo
de bom gosto.
Junior Arruda
é sem dúvida um marco para a história da revista, foi com
esse ensaio que (para mim) Playboy mudou o status de sexual para sensual,
incluir figurantes, mesclar p&b, cenários, poses, toda a entrega da modelo,
sem falar no poder do olhar do Bob Wolfenson
Fernando Mourac
Um ensaio magnânimo, único, um divisor de águas na história
da Playboy no Brasil. A belíssima atriz
retornou em um ensaio que retrata a estrelas no cotidiano de uma província, no
Interior da Itália. O fotógrafo Bob
Wolfenson se revelou um gênio em desenvolver com a atriz um ensaio que contém
uma narrativa, desde homens em um bar, o salão do hotel, um encontro de nonas
sorridentes à mesa, uma cabra e momentos de intimidade no quarto. Este ensaio
comprovou a existência do nu artístico.
Moa
As fotos, em seu estilo, nem nos dá a ideia de um ensaio, e
sim como se aquela mulher nua fizesse parte do cotidiano daquelas pessoas, no
melhor estilo "apenas um dia normal na Sicilia"
Thiago Macari
Esse ensaio foi uma quebra de paradigmas para a Playboy até
então, Maitê e Bob Wolfenson estavam mais preocupados em fazer um ensaio
bonito, do que cumprir com a “cartilha de fotos e poses comerciais”, então
temos um ensaio surpreendente, com locação num vilarejo da Itália, onde a atriz
passeia nua, onde temos fotos da mesma com as moradoras do local, esse ensaio
rendeu além de fotos épicas, sempre vemos declarações interessantes da atriz e
do fotógrafo.
Bruno Braga
Ali no auge dos meus 11 para 12 anos, vendo os encartes com
títulos da editora abril, deparei-me com uma fotinha que media sei lá, 1cm, da
então capa de agosto/96, com ela Maitê Proença. Cuja revista fui ver algum
tempo depois, e não tinha dúvidas que o vislumbre que tal fotinha de 1cm me
dava, não deixou de ser diferente ao ver as fotos, agora em mãos, Maitê e Bob
nos presentearam com poesia pura, e não poderia deixar esse ensaio se não em
primeiro lugar.
Vitor Mendonça
Bis mais elogiado pelos leitores. A estrela quis fazer
diferente, inovar, fazer totalmente diferente do que vinha sendo feito nos
ensaios de nu... E conseguiram: Maitê andou completamente nua pelas ruas,
interagiu com as pessoas e o resultado foi espetacular, até hoje lembrado e
admirado pelos leitores.
Tiago Coati
Maitê e Bob, o clássico divisor de águas na história da
revista. Bob já havia feito inúmeros
ensaios para a revista, mas precisou ir até a Sicília juntamente com a Maitê
para nos entregar um trabalho digno de moldura. Maitê já havia brilhado em 1987
em um ensaio pelo mestre Duran, porém foi com Bob que nos entregou um
verdadeiro clássico. Maitê estava lá nua, em meio aos moradores da Sicilia, nos
presenteando mais uma vez com sua nudez
Inspirado no primor do aniversário anterior, PLAYBOY investe
pesado. Modelo + fotógrafo + locação. As fotos contam a história de uma mulher
que saiu pelas ruas da Sicília para passear, sem se dar conta que está sem
roupa. Quebra-se aqui um paradigma: o erotismo pode ser arte. A nudez está ali,
absurdamente presente. Mas o encanto é o conjunto da obra. Zeloso em todos os
detalhes.
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